Acho que todo o doramaniaco de plantão
conhece o “Ichi rittoru no namida” ou já ouviu falar desta serie mais conhecida
como “1 litro de lágrimas”. Eu há muito tempo que tenho ouvido falar super bem
deste drama mas como todos diziam que a estória era triste, deletava-o sempre
na hora de escolha. Não me levam a mal, chorar num filme que dura 2 horas é
completamente diferente de chorar num drama que tem 11 horas de duração, eu
fico logo deprimida. Mas apesar da estória ser triste, ao contrário do que eu
estava a espera, esta não chega a ser depressiva, tem antes uma mensagem
primoroso sobre a vida, a importância e o valor da mesma. Realmente é
impossível não chorar 1 litro de lágrimas com este drama, a estória é
extremamente triste, o ápice da tristeza. As vezes eu tentava desesperadamente
reter as lágrimas mas não conseguia e confesso que nunca chorei
tanto num drama como foi neste. Desafio a qualquer pessoa, o mais machão
de todos, a tentar ficar imune às lágrimas com esta serie.
Plot: A estória é sobre uma rapariga de 15 anos Aya
(Erika Sawajiri) que é diagnosticada com uma doença chamada degeneração
espinocerebral (degeneração das células do cerebelo, medula espinhal, tronco
cerebral). Antes de tudo, começo a dizer que este drama foi baseado numa
estória verídica e teve como base, o diário que a Aya (a verdadeira) escreveu
durante a sua doença até o seu fim, quando ela morreu aos 25 anos de idade. A
série então acompanha a vida da Aya desde o início da doença até a sua morte mas
retrata principalmente a sua relação com a família e os amigos.
Foi triste assistir a degradação física da Aya e as
consequências que a doença trouxe tanto para ela como para as pessoas que a
rodeavam. Vergonha, o preconceito dos colegas, o egoísmo dos pais dos alunos, a
impotência dos médicos, o apoio da família, todos estes temas foram abordadas
no drama e foram a razão de eu verter 1 litro de lágrimas ao assistir este
dorama. Foram tantas cenas emocionantes que é difícil falar de uma especifica,
mas a cena que deixou-me praticamente a berrar é quando ela se despede dos
colegas e amigos da turma e diz algo semelhante a: “ Foi preciso 1 litro de lágrimas
para estar aqui hoje a sorrir”.
A actriz Erika Sawajiri merecia um oscar
pelo seu desempenho, ela foi absurdamente incrível! As cenas dela com a mãe (Yakushimaru
Hiroko) foram tão emocionantes que foi difícil conter as lágrimas sempre que as
duas apareciam, elas conseguiram transmitir tanto sentimento que pareciam de
verdade mãe e filha. Outras personagens que deixaram-me a soluçar foram a irmã
Ako (Narumi Riko) e o fiel, companheiro e amigo Asou Chan (Nishikido Ryo).
Apesar do drama ser bastante triste, eu recomendo e
acho que todos devem vê-lo, pois é uma lição de vida e superação. Começamos a
pensar sobre certas coisas e dar valor ao simples facto de estar vivo e bem de saúde,
coisas que só pensaríamos se um dia encontrássemos na mesma situação da Aya. Termino
esta resenha a indicar uma das muitas frases do diário da Aya que emocionaram
milhões aquando da sua publicação:
"O fato de eu estar viva é uma coisa
tão encantadora e maravilhosa que me faz querer viver mais e mais".
Esta é a Aya que morreu em 1988
Deixo-vos aqui com a linda banda sonora, com as
músicas: “ Only Human”, “Konayuki” e “Sangatsu Kokonoka”.
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